As palavras estavam na minha mente, saltando querendo sair pela boca, mas como sempre prudente, eu só as deixei sair pelo papel. Correram pela folha branca, como que brincando, como que querendo preencher todo o espaço, brincando sentimentalmente com quem ainda iria percorre-las.
Mas qual o sentido? As vezes sensuais, amorosas, sentimentais, saudosas. Outras vezes épicas, clamorosas, enigmáticas, intuitivas. Outras ainda exprimem a indignação, a cólera, a incansável contestação doas formas, das pessoas, das instituições.
Hoje porém elas resolveram apenas falar sobre si mesmas, sobre o prazer que sentem em incitar e mexer com as pessoas que as percorrem.
As palavras são sábias, por isso brincam como crianças, nos usam como instrumentos para exprimir e comunicar emoções e sensações. Elas tem vida própria e nos governam ao sabor de sua dança.
Para alguns, elas faltam, para outras, elas sobram em significados e novas gênesis. Para uns elas são defeituosas, para outros são virtuosas, mas são sempre as mesmas palavras.
As vezes coléricas, nos fazem esparramá-las de forma indignada. Outras vezes nos fazem sussurrá-las baixinho, sôfregas, exprimindo desejo, amor, saudade.
Muitas vezes brincam com a gente, nos pregam peças, e nos levam a sonhar sonhos de todos e do mundo.
Lindo texto Guima! Adorei o blog e estarei sempre por aqui.
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