quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sustentabilidade – A natureza é o nosso bem mais precioso?


Sustentabilidade – A natureza é o nosso bem mais precioso?

Outro dia escutei essa frase de um aluno do segundo grau de uma importante e renomada escola de São Paulo, que além de trabalhar com a fina classe “A” da cidade, ainda proporciona aos seus alunos a oportunidade de estender seus conhecimentos por diversas áreas e atividades extracurriculares bastante relevantes e inovadoras.

Mas minha reflexão me leva a pensar sobre o que é realmente um bem assim tão precioso...

Um bem muito precioso é o que nos dá uma grande sensação de prazer em possuí-lo.  Dá-nos status, conforto, ou nos proporciona a sensação de nos diferenciar dos demais, de poder fazer mais do que os demais. Além disso, pelo fato de ser um bem, implica em posse.

Ora, a Natureza não e o “nosso bem mais precioso”, pelo simples fato de que ela não nos pertence. E ela não se presta a nos dar status, bem estar, prazer ou nos diferenciar dos outros, como um diamante, uma bela casa ou um carro de luxo nos fariam.

Além disso, essa postura da humanidade em enxergar a natureza com dó, por estar sendo consumida além de suas próprias capacidades de auto recuperação, ainda é para mim um dos principais motivos pela nossa inércia no assunto.  

No fundo, mesmo sem ter a total consciência, achamos legal ter pena da natureza, está na moda, esta posição nos deixa com ares de “descolados”.

Não entendemos que na verdade vamos desaparecer junto com ela... Vamos morrer... E não via haver tecnologia ou um ticket especial só para os VIPs que dará jeito.

Precisamos abolir essa postura de olhar a natureza, o planeta e todo o Universo como algo que está fora da nossa essência, e que podemos até assumir que a possuímos como se ela fosse um bem a disposição.

Intelectualmente esta mudança de postura pode parecer superficial, mas se realmente alcançarmos a sutileza desta mudança de postura, de forma ampla, global e irrestrita, talvez ainda tenhamos algum tempo para mudar o curso da história que estamos escrevendo todos os dias e salvar a nossa própria pele.

Como bem me ensinou um grande mestre há poucas semanas, não há mais espaço em nosso mundo para assumirmos diferentes papéis, na empresa, na família, na sociedade ou nos diversos círculos onde atuamos. E esta nova visão deve permear tudo o que fazemos em todas as nossas atividades, em casa, na empresa, na escola, no governo, na rua, na calçada, no restaurante, no parque, no cinema, no avião, no banheiro, todo o tempo.

E não basta mais apenas agirmos corretamente e esperarmos que o nosso exemplo venha na surtir efeito educativo. Temos que ser incisivos, explícitos, claros e diretos o tempo todo.

Somos uma pequena parcela da natureza, e dependemos dela para tudo o que fazemos. Nossa vida não existe sem um perfeito respeito e equilíbrio de relações com todos os outros componentes da natureza e do planeta. Essa é a grande lição que nos falta aprender, e por isso temos que mudar a nossa concepção errada sobre o meio ambiente e sobre sustentabilidade.

Hoje entendemos o conceito de globalização, e sabemos que a economia mundial está interconectada à economia cada uma das nações e à vida de cada um de seus cidadãos. Sabemos que as crises, mudanças e flutuações no equilíbrio de forças da economia global podem levar a catástrofes humanas e sociais em larga escada e em curto espaço de tempo.  Isso se dá graças ao gigantesco e não identificado volume de relações que existem entre todos os atores envolvidos e afetados pelo equilíbrio da economia global

Entendemos o papel de algumas das inter-relações que existem entre as atividades diretas ou indiretas de extração, transporte, produção, distribuição, comercio e consumo, de bens e serviços em todo o mundo.  Começamos a perceber que adquirir produtos mais baratos, pode significar que há algo fundamentalmente errado na cadeia de processos que motivaram tal preço baixo. Ou temos mão de obra indignamente tratada, ou temos matérias primas nocivas ou extraídas e produzidas de maneira irresponsável, ou temos sonegação de tributos, ou ainda, temos a clara exploração de outros empresários e inúmeros indivíduos ao longo da cadeia.

O mesmo ocorre com todo o Universo e com o nosso planeta. Existem correlações diretas e indiretas entre tudo o que ocorre entre os diferentes atores aqui inseridos.

Precisamos entender que o uso indiscriminado de antibióticos, provoca o fortalecimento dos agentes causadores das doenças que eles combatem e que isso é um desequilíbrio nas relações do planeta.

Precisamos entender que o uso indiscriminado de água e de todos os recursos disponíveis atualmente, provoca desequilíbrio nas relações do planeta.

Precisamos entender que as nossas escolhas quanto à produção e principalmente ao consumo de energia nas mais diversas formas, provoca desequilíbrio nas relações do planeta.

E principalmente precisamos entender que nossas ações em detrimento de populações de diferentes espécies, habitantes deste planeta, provocam profundos desequilíbrios nas relações do planeta. Principalmente as ações que tomamos direta e indiretamente contra a própria espécie humana.

Não existe equilíbrio quando há pobreza extrema e quando há pessoas submetidas a padrões imoralmente abaixo de qualquer condição de dignidade. E esse problema não é exclusivo dos países pobres ou dos governos corruptos, ou dos empresários inescrupulosos, ou dos lobies setoriais, ou das instituições falidas que se dizem incapazes. É um problema de cada ser humano que tem o privilegio de estar vivo neste planeta, pelo simples fato que nós possuímos a capacidade de entender.

Vamos deixar de nos colocar na posição mais alta da pirâmide do planeta, e vamos enxergar o planeta como um grande conjunto “caórdico” de sistemas, onde temos a honra de estarmos mais próximos ao centro, graças ao nosso longo desenvolvimento e à nossa capacidade cognitiva e social, e vamos assumir o nosso papel de zeladores responsáveis. Vamos assumir o nosso papel de “mães” do planeta e de todas as relações que existem nele, mesmo que não estejamos conscientes da sua grande complexidade e de todas as suas causas, das causas, das causas, e seus efeitos, dos efeitos dos efeitos.

No arranjo natural do planeta, antes da nossa intervenção gananciosa, todos os conjuntos de unidades celulares, de indivíduos, de espécies, de comunidades e de sistemas ambientais complexos, sempre foram capazes de trocar matéria e energia entre si, de forma a permitir o crescimento ordenado e a evolução da vida no planeta, sem provocar desequilíbrios danosos em escala regional ou global.

Mesmo quando espécies desapareceram da face da terra em diversos processos “cataclísmicos” ou não, antes mesmo do surgimento do homem, estes eventos ocorreram em função da adaptabilidade e da evolução das condições para a manutenção da própria vida, e nunca uma espécie prevaleceu de forma selvagem e indiscriminada sobre todas as outras. Ou seja, mesmo quando o planeta produz suas catástrofes, estas catástrofes não afetam a capacidade da vida em evoluir e crescer, pelo contrario, pois alguns cientistas acreditam que não foi coincidência ou um mero capricho o fato da era dominada pelos grandes répteis ter acabado muito antes do surgimento dos primeiros hominídeos, pois segundo diversas  concepções, não haveria condições ideais para o desenvolvimento concomitante dos dois grupos no mesmo momento e no mesmo ambiente.

Por isso precisamos mudar nossa errônea percepção de “ápice da criação” para assumirmos nosso papel equilibrado e participativo no planeta, onde  trocamos energia e matéria de maneira participativa e sustentável com todos os nossos outros contemporâneos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

As mãos

Mãos que trabalham, que doam, que amparam, que confortam
Mãos não tem nome, não tem rosto
Mãos que fizeram a diferença neste domingo!
Mãos que ensinam, que dão o exemplo
Mãos que temperam e alimentam
Mãos que protegem e ensinam...
Mãos que aquecem e confortam
Maos que divertem
Mãos que oram
E do outro lado, as mãos trêmulas, famintas, nuas, frias, sujas, que recebem, que cobrem o rosto, que enxugam as lagrimas e que suspiram de alivio.
 






 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Future Planners



Teoria das Cordas - livre reflexão sobre a convergência de diversas áreas de vanguarda da física teórica moderna.

Teoria das Cordas - convergência de diversas novas linhas da física teórica moderna.

Caro leitor, aconselho-o a ler este texto sem pretensão de buscar intenção ou verdade. Apenas leia e desfrute...
Este texto é descrito e embasado cientificamente na chamada “Teoria das Cordas” que é a última teoria da física avançada que aparentemente conseguiu a façanha a muito buscada, de apontar um caminho único para explicar fenômenos que ocorrem no macrocosmo com as mesmas regras e leis que podem explicar fenômenos que ocorrem no infinitamente e intimamente pequeno campo do microcosmo.

Antes estes dois campos dimensionais eram estudados até agora separadamente, usando as ferramentas da Teoria Geral da Relatividade de Einstein e a Mecânica Quântica, pautada pelo princípio da incerteza de Heisenberg.

Agora os Físicos podem explorar fronteiras que comprovam que a matéria, no seu íntimo, é formada por “Bramas” ou pequenos filamentos (ou cordas) de energia pura (portanto ausência total de matéria e massa), que vibram com determinadas características vibracionais classificadas em: Polaridade, Ritmo, Causa e Efeito e Gênero.

Com estas propriedades as Bramas, vibram com diferentes e compostas características e se agrupam de infinitas formas, formando os “quarks”, que por sua vez irão compor os prótons, nêutrons e elétrons, que se agrupam ordenadamente formando os átomos que formam as moléculas e formam tudo o que conhecemos.

Este princípio da vibração que afeta desde uma única Brama (ou corda) até imensos corpos celestes orbitando no Universo, é a chave para a transmissão de toda a energia pelo Universo e pelos diversos universos paralelos dispostos em sucessivas dimensões, até a 11ª dimensão (tudo já postulado pela Física Moderna – Hawkings – “Uma Breve História do Tempo” e “O Universo em uma Casca de Noz”).

Ainda de acordo com a “Teoria das Cordas” as características vibracionais dos diversos agrupamentos de Bramas, podem atingir diferentes níveis de condensação até os mais altos graus de “sutileza” vibracional.

Como na luz, temos cores que se manifestam aos nossos olhos com características de baixa vibração e são mais densas ou condensadas. Na medida em que a vibração aumenta sua frequência, as cores vão se modificando como no arco-íris ou como na luz fracionada por um prisma, até atingir os níveis mais sutis de vibração, até os imperceptíveis ao olho humano.

Como na água, que com baixo nível de vibração entre suas moléculas, se condensa de tal forma ate congelar. Na medida em que acrescentamos calor, aumentamos a energia entre as moléculas, fazendo com que vibrem em frequências mais elevadas tornando-se água em estado líquido, e em seguida atingindo níveis caba vês mais sutis, ela se torna vapor e em seguida pode se tornar um gás (sublimação). Experimento fácil de fazer, até mesmo em casa.

Temos que compreender que toda a matéria é assim, e que como o componente básico primordial é o mesmo – Bramas – podemos alterar os princípios e as características vibracionais das Bramas e “transmutar” a matéria como preconizavam os alquimistas. Mais ainda do que isto, podemos transmutar a nós mesmos, fazendo com que nosso próprio nível e características vibracionais possam se tornar mais e mais sutis, fazendo com que possamos ultrapassar da nossa 3ª dimensão para outras dimensões que coexistem no tempo e no espaço (também já postulado e provado pela Física Moderna) e viajar no tempo (Teoria da Relatividade) e no espaço infinito (Saltos Quânticos).

A chave para compreender como o Universo opera dentro dos princípios vibracionais da Teoria das Cordas precisa incorporar outros dois outros princípios fundamentais, que nos permitem entender e usufruir destas propriedades, aumentando a nossa vibração e passando para níveis mais sutis, nos permitindo evoluir. Estamos falando dos princípios do Mentalismo e da Correspondência.

De acordo com esses princípios, a nossa mente controla o nível vibracional de nossos Brama, controlando ou desencadeando padrões e características vibracionais diferentes, de acordo com as emoções cultivadas ou experimentadas em nosso dia a dia. De acordo com o nosso nível de consciência, e nossa intenção para com o Universo e com os outros com quem convivemos em diversos níveis vibracionais, seja de maneira consciente ou inconsciente.

Finalmente, o Princípio da Correspondência, nos permite experienciar a noção de que todo o que ocorre no infinitamente grande Macrocosmo, tem seu correspondente no infinitamente íntimo e pequeno Microcosmo. É o princípio de unidade do Universo e universalidade de todos os seres que são a sua própria imagem e semelhança, porem separados apenas por seus padrões e características vibracionais, determinados por suas próprias intenções, emoções e pela forma como são conscientes de seu papel e das causas e efeitos de sua própria vibração no Universo.

O mais incrível é que quando se fala em “Bramas” e na Teoria das Cordas, descrevendo seu movimento vibratório e as propriedades vibracionais, estamos falando do fundamento mais básico da nossa própria existência aqui na terra e em todo o universo.

A grande maioria dos estudiosos tem a clara visão de que esta teoria abre as portas para a explanação científica sobre os diferentes níveis de vibração e consequentemente de densidade dos próprios seres, inclusive nós seres humanos.

De diversas formas, seus postulados comprovam os preceitos da Filosofia Espírita, que diz que de acordo com o nosso nível vibracional, podemos viver em níveis cada vez mais sutis, desde a encarnação no corpo físico bastante denso até a vida espiritual evoluída.

A Iluminação de Buda nada mais é do que o seu controle sobre a própria mente, sobre suas sensações, emoções e pensamentos, refinando o seu próprio campo vibracional até atingir uma densidade muito mais sutil e “se iluminar”.

É a transmutação da alma, que sempre foi a verdadeira “pedra filosofal” dos alquimistas, que herdaram suas tradições de origens semelhantes no oriente, que também geraram o que hoje conhecemos como Yoga. É o que fazem e pregam os budistas e o que praticam os iogues.

Seguindo os ensinamentos de Krishina, esvazie a sua mente por completo e deixe todas as emoções de fora, assuma o controle de sua própria carruagem, deixe que ela seja conduzida pelo cocheiro e não pelos cavalos das sensações e das emoções.

Seja racional e imparcial, não haja, apenas perceba o universo e limpe as influências emocionais que nesse momento estão agindo sobre o seu próprio campo vibracional tornando-o mais denso. Eleva a sua frequência vibratória em sintonia com o universo e se ilumine!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O eterno paradoxo da justificativa da vanguarda



O eterno paradoxo da justificativa da vanguarda, 
ou livre reflexão sobre uma história contada durante um show da dupla de violonistas “Duofel”.

Conta a dupla que lá pelos seus dez anos de carreira (me perdoem a imprecisão dos fatos se não for essa a data correta), depois de longos anos de carreira, ainda sem alcançar o pleno sucesso almejado, ouviram certa feita do presidente de uma grande gravadora, que sua música era refinadíssima, sua técnica muito apurada e que lhe havia agradado muito mesmo, porém para ter aprovação do grande público, e entrar para o circuito das grandes gravadoras, eles precisavam tocar musicas de outros autores mais conhecidos, para que só então o grande público pudesse  “entender” a música tão original e apurada da dupla.

Imediatamente a história me remeteu à transição entre os séculos XIX e XX, nos salões de Paris, onde artistas esboçavam com ousadia as primeiras experiências da arte abstrata, notadamente Piet Mondrian, Vassily Kandinski e Casemir Malevich.  Naquela altura, hostilizados pelos críticos e pelo grande público e adorados pelos intelectuais da época, tiverem que demonstrar sua proficiência nas técnicas da academia, e demonstrar todo o caminho de desconstrução do figurativo, para só então justificarem seu caminho ao abstracionismo. Como se a genialidade e a sensibilidade tivessem que se render ao caminho árduo da técnica mais apurada para adquiri o “direito a se libertar”.

O mesmo ocorre também com o pensamento humano, por isso prefiro classificar minhas ideias como livres reflexões. Para obter a legitimidade acadêmica, é preciso mostrar o encadeamento do raciocínio de quem pensa à toda a evolução histórica do pensamento humano, como se fosse absolutamente necessário situar as ideias na linha do tempo e justificar sua legitimidade por sua originalidade e ao mesmo tempo pelo senso de continuidade do que foi pensado antes.

Reconheço o valor do encadeamento histórico que nos revela a evolução do pensamento, que situa cada ideia em seu contexto histórico e mede seu impacto aos seus contemporâneos, e como antecipou tendências e comportamentos... ou seja, servindo até de medida para a genialidade, originalidade a e capacidade visionária de alguns dos pensadores.

Mas acredito que hoje temos a liberdade de produzir o abstrato, o conceitual, o pós-moderno, simplesmente nos apropriando livremente das experiências e ícones passados, e as relendo para criar o novo, sem ter que reproduzir toda a história da arte nos cadernos de esboço.

Sem a pretensão de achar que algum dia serei comparado aos meus contemporâneos, ou mesmo que minhas parcas ideias serão situadas na linha do tempo da nossa evolução, rotulo sempre meus escritos como “livre reflexão”, assim na abstenho do peso de justificar qualquer  legitimidade.